domingo, setembro 12, 2004

Como a manhã...

Sempre que te penso perco-me na forma como existes em mim. Há pessoas que surgem nuas aos nossos olhos e que marcam cada instante que se desenhe longe do mundo e do tempo, esse tormento constante que nos limita os gestos ao sermos nós. Conheci-te e pouco te soube, o pouco comum que nos exigimos sem perceber o tanto que mais importa. Não me interessa o nome, o lugar, os passos diários ou a quem estendes o olhar, só importa a presença, que sempre está e se dá quando o lá fora se rende ao silêncio. Tu és assim, como o céu desse Porto que amanhece anónimo no nevoeiro e que a luz,alguma,aos poucos penetra.
Eu, talvez clara como a manhã, na tua mesa do canto.

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