sábado, novembro 20, 2004

Posted by Hello

Chove. Avançam as tábuas de madeira que sempre rangem entre o covil e a madrugada, enquanto alguém me traz um chá numa caneca. Há certamente um tempo definido para que eu esteja aqui a escrever, mas não sei já quantas vezes respirei desde que me acolhi aqui. Faz frio. Trazem-me também uma manta, daquelas retiradas de baús enormes e distantes aos olhos das nossas aparições. As palavras acontecem e desaparecem como balas trazidas no peito e todos os momentos são agora enormes para se escreverem. Relembro-vos, sempre mais do que uma vez, sempre de forma igual. É na magia deste encontro que me estendo a uma solidão habitada por tantas vozes que me despertam aos dias, para que não deixe de existir.
Por detrás da cortina o pavor de um mundo enorme, cheio de esquinas e tão inebriante como o chá é saber-vos em todas elas.
Que terei eu tanto para escrever, se dos lugares que trago só o teu beijo. Que verdades me assaltam quando ao amanhecer o medo adormece e a manta se esfria…
Parou de chover.

7 Comentários:

Às 8:18 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

"I wonder if I ever let you down, did you keep on moving
I wonder, when I took my feet from of your ground did you
Keep on going if you ever need me, just remember
All the time when we wandered free
If you ever miss me, don't you know
That I feel the same way"

(...)

"Don't stop moving, you must keep on going
Don't you stop believing, you should go on dreaming
Don't stop moving, you must keep on going
Don't you stop believing, you should go on dreaming
'cause its people like you that make the world go..."



Coldfinger - "Cover Sleeve"

<3.te muito*

<3

 
Às 4:20 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Depois da chuva vem o sol... e num instante o arco-iris.
Haverá sempre luz enquanto existir a esperança que a chuva passe. Resta-nos respirar fundo, agasalhar bem, e esperar que ela seque. Se esta continuar, ai lutas e vais buscar o sol com as tuas próprias mãos ;)
"I'm walking away"

*dt*

 
Às 12:18 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Quando a chuva cai lá fora e o frio nos assola, há algo em nós que se desperta, pode ser uma reacção natural do nosso corpo mas também pode ser a nossa alma ou o que se querem fazer ouvir. Podemos então, tomar chá, aquecermo-nos com mantas aconchegantes...mas a estranha sensação não passa, é então que pensamos o que será?
É então que paramos e escutamos o nosso coração e a nossa alma assume a importância do corpo, neste momento tudo faz sentido porque escutamo-nos a nós mesmos. Damos importância ao que realmente é importante, nem que seja aquele beijo dado à porta do café da esquina ou ao abraço num momento de nostalgia.
Mas quando a chuva pára esquecemos a importância destas pequenas coisas porque depois da chuva nem sempre aparece o arco-iris.
Está a chover.. mas quando parar eu vou fazer o meu arco-iris, não me posso esquecer...

 
Às 1:05 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

ai conheço, conheço...

 
Às 8:17 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

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Às 8:17 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

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