Madrugada de Abril
É crua, ausência entre as palavras.
Um ano de tempo foi demais para o som da vidraça que me queimou a pele mais do era possível. Toda a ilusão se depara agora com um frame exaustivamente repetitivo, redondo à dor que se acomoda pelo teu corpo.
Deixei-te preso a esta madrugada como se as muralhas, por elas só, tivessem sabido ecoar o teu grito. Desculpa.
Um ano de tempo foi demais para o som da vidraça que me queimou a pele mais do era possível. Toda a ilusão se depara agora com um frame exaustivamente repetitivo, redondo à dor que se acomoda pelo teu corpo.
Deixei-te preso a esta madrugada como se as muralhas, por elas só, tivessem sabido ecoar o teu grito. Desculpa.
“É já tão tarde esta noite
Para seres quem passa
Da ilusão perfeita
Á noite que cai
Na vidraça
O teu corpo ao longe
Desenho em asfalto
E a tua voz
Perto de nós
Em sobressalto.”
Perdoa-me querer-te, querer ter-te.
És tudo aquilo que em mim sei ser.
"Vivam as ruas dessas ruas o teu silêncio
Antes de se saber pela calçada
Foram olhos e folhos de névoa
Quase madrugada…
Quem provou dos meus lábios
Sem eu sentir
E quem
Fez dos quadrantes astrolábios
Para o tempo existir."
Perdoa-me o avesso das lágrimas
Em que me dóis.
"... and did I say that I love you?"
6 Comentários:
"...como loucos na madrugada..."
*Dolu mt tu*
Bonito texto
Em cada esquina uma lembrança, em cada rua um sombra desfeita...
Uma presença constante, a milhas de distancia.
A presença premeditada ou a surpreendida, duas formas distintas em que cada uma dita as suas regras. O rumo, a entoação, o sentido das palavras; evoluem consoante o tipo de presença.
o querer, o sentir, o ser...são muito mais do que simples verbos, somos nós.
Vané
[...]
Abandonei quem já passou
fechei os olhos e previ o que encontrei
e foi nesta viagem
que eu percebi que não estou só.
Jorge Palma
a gaja do xá ;)
"E pediram-se um beijo,
Uma mão que os agarre,
Parados no tempo,
Para que o tempo não pare.
Então de um fez-se dois,
E o tempo depois
Foi tão pouco para viver,
Põe o teu corpo no meu
Sente o meu a amanhecer.
...Eu e tu somos iguais."
*<3.te mt*
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