terça-feira, abril 26, 2005

Madrugada de Abril

É crua, ausência entre as palavras.
Um ano de tempo foi demais para o som da vidraça que me queimou a pele mais do era possível. Toda a ilusão se depara agora com um frame exaustivamente repetitivo, redondo à dor que se acomoda pelo teu corpo.
Deixei-te preso a esta madrugada como se as muralhas, por elas só, tivessem sabido ecoar o teu grito. Desculpa.


“É já tão tarde esta noite
Para seres quem passa
Da ilusão perfeita
Á noite que cai
Na vidraça
O teu corpo ao longe
Desenho em asfalto
E a tua voz
Perto de nós
Em sobressalto.”

Perdoa-me querer-te, querer ter-te.
És tudo aquilo que em mim sei ser.


"Vivam as ruas dessas ruas o teu silêncio
Antes de se saber pela calçada
Foram olhos e folhos de névoa
Quase madrugada…
Quem provou dos meus lábios
Sem eu sentir
E quem
Fez dos quadrantes astrolábios
Para o tempo existir."



Perdoa-me o avesso das lágrimas

Em que me dóis.


"... and did I say that I love you?"

6 Comentários:

Às 10:32 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

"...como loucos na madrugada..."

 
Às 7:25 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

*Dolu mt tu*

 
Às 10:59 da tarde , Blogger Garcia disse...

Bonito texto

 
Às 11:59 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Em cada esquina uma lembrança, em cada rua um sombra desfeita...
Uma presença constante, a milhas de distancia.
A presença premeditada ou a surpreendida, duas formas distintas em que cada uma dita as suas regras. O rumo, a entoação, o sentido das palavras; evoluem consoante o tipo de presença.

o querer, o sentir, o ser...são muito mais do que simples verbos, somos nós.


Vané

 
Às 1:30 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

[...]
Abandonei quem já passou
fechei os olhos e previ o que encontrei
e foi nesta viagem
que eu percebi que não estou só.

Jorge Palma


a gaja do xá ;)

 
Às 1:33 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

"E pediram-se um beijo,
Uma mão que os agarre,
Parados no tempo,
Para que o tempo não pare.

Então de um fez-se dois,
E o tempo depois
Foi tão pouco para viver,
Põe o teu corpo no meu
Sente o meu a amanhecer.

...Eu e tu somos iguais."

*<3.te mt*

 

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