segunda-feira, outubro 25, 2004

Confuso

Desejo-te. Sempre no fulgor sagrado de seres assim discreto e pausado em tudo o que fazes. Surges-me em néons de vontade, certeza infeliz que sei tão longe. Ás vezes demoras as palavras para que o encanto seja mais preciso no toque. Outras , acendes uma vela sobre a sala fria e ali te deixas conquistar, sempre com o olhar em mim e as mãos mais longe. Falas dos teus dias que me intervém o passo pesado que dou pelo teu peito, inquieta. Mais discreta é a sombra do sossego quando te sei na parede que me dispara.
Nunca ninguém me toca, nem tão pouco me agarra e me beija ao som de uma daquelas canções que sempre nos parecem do mais perfeito banal. E depois tornam-se eternas. As “playlists” já as escolhem porque acabamos por as ter repetidamente na memória. Já cantamos, já dançamos e humedece-nos o olhar quando qualquer respirar se torna a saudade. Saudade de ti, de quem - nele.
A confusão que se instala por querer outra forma de amar que não esta, que me agonia a vontade e me limita o desejo, porque te quero, em alguém que nunca és tu.

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