sábado, dezembro 25, 2004

Natal

Pelas ruas já a quimera se desfez em papéis rasgados que cobrem os lixos tardios. Ficou no ar o cheiro de uma noite que tanto se repete como falha, em jogos, as presenças. Dos meus percursos o vaguear solitário pelas ruas, enquanto espreito as janelas recheadas de famílias correndo de lá para cá, como os momentos que se pedem. Qual verdade não pulsa o aconchego quando tudo se reune ali, em prol da magia. Fico entre a saudade e a véspera, antecipada, de que a noite termine e as luzes se apaguem, para que não tenha de ver o que não é meu.
Silêncios. Beijos que se despedem e quiça o abraço fugaz. Recolho-me. Agora é da janela que pernoito as famílias que se perdem, seja desejo ou ternura.
É Natal, dizem-no. E eu que nunca o soube acontecer.

C.

4 Comentários:

Às 6:05 da manhã , Blogger sombra_arredia disse...

Dizem k natal é sinónimo de amor...do amor com A grande.
Recolhe-o,
Armazena-o,
Saboreia-o...
*
mas sobretudo só será natal dentro de nós, se conseguirmos encontar a luz num quarto escuro

 
Às 7:07 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Bem depois disto... só posso dizer (aliás repetir) que tu... não te trates não, que eu não quero, minha menina!
Luís

 
Às 9:08 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

ó pra ti a gozares-me e eu a ber! :P

C.

 
Às 12:57 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

q tangas C...

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial