quinta-feira, dezembro 09, 2004

Faltas-me. Todos os teus passos tantos anos presos aos meus como se de um só se tratasse. Faltam-me as longas tardes entre as tuas paredes, de comédia e de ternura em que todo um mundo crescia por nós. Falta-me o teu cheiro todos os dias no meu pescoço, ou alguém com quem descubra a vida como tu me ensinaste a maré.
Não te sei escrever ou descrever, nem tão pouco te agarrar nas palavras que se desencontram de ti fintando a morte. Voaste para vencer e mesmo pousado em mim, não encontro a razão que me detenha.
De todas as quimeras só a tua beleza, indelével, nos mais perfeitos rasgos de amor que encerro no tempo. E só tu sabes, e só tu sentes tudo aquilo que hoje, sem ti, já não sei ser.
Arde o tanto conforme te penso, redundante o poema. Não me acomodo à saudade com que colas os dias e preciso-te, mais do que te tenho.
Volta, André… e traz-me. Tu que sempre Foste. Porque preciso tanto, tanto de nós…

Dama do Luar
Tu... Posted by Hello


Decomponho os astros
À noite, tento encontrar o céu.
Num derrame súbito, vermelho véu
Assalta o coração, devora os astros.

A chuva de ideias que mantém a vida
Decai, rouba, rompe e mata.
Coruja distante, longínqua, inapta
Forma de viver, esta minha.

Trás o teu véu, oh coruja, oh noite!
Embrulha-me no desalento
Finda esta minha sorte.

Devora-me por dentro
Um não-sei-quê de existir, noite
Sorte minha, Morte nos braços, Abraços na morte.
_ André Vicente _

1 Comentários:

Às 6:56 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Ele teve voar, e tu voaste com ele. Estão juntos na luta e conquista de um sonho. E a saudade custa, nem quero imaginar o quanto me custaria a mim ver-te partir. Mas a verdade é ke tu não partes, e ele tambem não. Pk vive em ti. Precisa que estejas bem para ele continuar a vencer.
A distância consome-te em saudades, mas é em ti que ele habita. Não num espaço que se tornou longe demais para te akecer.
Está contigo em todas as madrugadas :)*

*dt mt*

 

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