Destrói-me
Vem,Segredar aos segredos os teus medos
E partir, depois
Quando o dia se deixar usar.
Encanta
As mentiras que eu já sei - e escondo
Em ti no exímio
Deslumbre do olhar.
Despe primeiro a pele - e engana-me
Destrói-me para que seja real
Saber-te, ter-te ou deixar
Restos de desejo no beiral.
Debruça-te,
E logo serão vincadas
As arestas desdobradas da manhã
Vendes os casacos
De peles nuas
Rasgas os beijos
Despedes as ruas
São refúgios doridos
que sempre sofremos
Quando não nos sabemos
Ter em mim.
C.
Destrói-me
2 Comentários:
"...que a minha dor alheia
vagarosamente mata..."
António Manuel Pina ___" Cuidados Intensivos"
............
Já tinha "saudades" destes teus poemas *
...a gaja tá a montá-lo?
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