"Amante fugaz" - Am I?
Hoje vou falar-me neste post, como sempre o faço sem nunca o dizer. Preciso de perceber. As pessoas, sim, porque a vida de todos nós é, antes demais, feita de inúmeras personalidades, sorrisos, acções, de pessoas, ou de gentes, conforme. E das pessoas surgem as relações, o contacto, o tacto, a amizade, o amor…
E quando falo de amor, deslizo ou, cristalizo na palavra, como se o verbo me prendesse a uma ignorância que temo vencer. E porque temo, se tudo o resto enfrento?
Há pessoas que passam por mim carregadas de magia, de um brilho exímio que me ofusca a visão mas não me preenche. E elas lutam, e derramam mil rosas sobre o manto, dizem poemas quase sem nexo para me poder tocar e eu nunca chego a ficar. O mais grave de tudo isto, não obstante da dor, é a consciência de que isto acontece. Eu sei. Eu sei tanta coisa que não aplico a mim. E os outros dirão tanto de mim que eu não sei!
Logo após o campo de rosas vem a nuvem negra, mal formada, anónima num mistério que me dói, mas que experimento, quase num acto masoquista. O resultado é o de sempre, mas parece que é no de sempre que insisto em permanecer. Onde nada fica, onde nada se constrói. Compreender ou deixar andar?
Perco tanto no tempo que passa e me diz tudo o que já sei, sem saber ser. Perco pessoas. Perco-me a mim nas pessoas. Ainda há pouco te olhava e no contorno do teu cabelo desenhava em mim o calor de um corpo que voou. E nunca estiveste, mas eu gosto de ti assim. E porque gosto se não estiveste? Será por não teres estado? Será promessa esta paisagem de só ser mulher para quem contorna as paredes do quarto, sem nunca entrar?
Talvez tudo isto o sinónimo do medo. Talvez seja eu mesma.
E custa tanto ser assim…
E quando falo de amor, deslizo ou, cristalizo na palavra, como se o verbo me prendesse a uma ignorância que temo vencer. E porque temo, se tudo o resto enfrento?
Há pessoas que passam por mim carregadas de magia, de um brilho exímio que me ofusca a visão mas não me preenche. E elas lutam, e derramam mil rosas sobre o manto, dizem poemas quase sem nexo para me poder tocar e eu nunca chego a ficar. O mais grave de tudo isto, não obstante da dor, é a consciência de que isto acontece. Eu sei. Eu sei tanta coisa que não aplico a mim. E os outros dirão tanto de mim que eu não sei!
Logo após o campo de rosas vem a nuvem negra, mal formada, anónima num mistério que me dói, mas que experimento, quase num acto masoquista. O resultado é o de sempre, mas parece que é no de sempre que insisto em permanecer. Onde nada fica, onde nada se constrói. Compreender ou deixar andar?
Perco tanto no tempo que passa e me diz tudo o que já sei, sem saber ser. Perco pessoas. Perco-me a mim nas pessoas. Ainda há pouco te olhava e no contorno do teu cabelo desenhava em mim o calor de um corpo que voou. E nunca estiveste, mas eu gosto de ti assim. E porque gosto se não estiveste? Será por não teres estado? Será promessa esta paisagem de só ser mulher para quem contorna as paredes do quarto, sem nunca entrar?
Talvez tudo isto o sinónimo do medo. Talvez seja eu mesma.
E custa tanto ser assim…
.
_
.
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"...Tanto orgulho ferido, tanta paz por vencer,
Ás vezes detesto o que resta de mim
Sempre longe do mundo sempre perto do fim...
Eu só quero que tu saibas quem sou
Ter a certeza de que o meu tempo chegou
Quero que me digas para partir ou ficar...
.
E se eu voltar!
.
_
.
P.A.
6 Comentários:
A fugacidade dos instantes...
"de vez em quando?
.
Se eu voltar?"
P A
De vez em quando pode ser a eternidade...
A.
"De novo, perto de mim
Observas o horizonte,
se eu a ti retornei
Foi da água que bebi na fonte.
Estava escrito nas lajes
da fonte em que bebi,
o segredo que desvendei
para repousar, hoje, aqui..."
O amor que tenho é para dar, nunca para prender
"If you ever need me, just remember
all the time when we wandered free"
As pessoas possuem tanto uma inabalável capacidade de magoar como de resistência à dor. Esperamos tanto dos outros como esperamos de nós ou, talvez, seja mais correcto dizer que esperamos tanto dos outros como exigimos de nós, tanto em princípios como em ternura. Dói tanto quando não se tem o que se ama ou quando se tem sem poder permanecer por mais um dia, por um instante mais.
Dói quando damos tudo de nós e em troca temos, apenas, algo que não nos preenche e nos sufoca de tal maneira que não chegamos a compreender.
"Don't you know every sould must grow older
but our past belongs to you
and it should make you stronger"
Tentamos ver-nos reflectidos na doçura de outros olhos, sempre na esperança daquela palavra, daquele abraço que nos faça continuar a sonhar.
"don't you stop believing, you should go on dreaming
don't you stop believing, you should go on dreaming
'cause its people like you that make the world go..."
E o pior é que sabemos que um dia tudo termina e por muito que tenhamos equacionado todas as hipóteses, não existe um modo inócuo de não sofrer. Existe, porém, a consciência da verdade e do adeus, da partida e da ausência, da dôr e do amor que se esvai num mão repleta de poesia.
"Don't stop moving, you must keep on going"
Resta recordar a perenidade dos momentos em que soubemos o que é, de facto, a felicidade. Essa ilusão que nos aconchega e nos comove, porque achamos que é algo absoluto, algo de tão transcendente pelo qual vale a pena lutar, cair e sofrer.
E quem sabe, talvez o tempo nos saiba amar, sem algum dia voltar a parar.
"If you ever need me, just remember
and i'll always be there
If you ever miss me, don't you know
...don't you know...
...we will meet again
...we will meet again"
Faço das palavras da ss, as minhas.
*<3*
"..e as aves?Fragéis quando aperta a tempestade...migraram como eu?"
:Al Berto:
Há tanta coisa ke não conseguimos explicar... Mas sentimos. E há tanto tempo que sentimos juntas... :)
*dolu mt tu*
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