terça-feira, março 08, 2005

Não mais

Não mais a madrugada por nós fora,
Não mais o vento em nós enternecido,
Não mais o peito a arder-se na demora,
Não mais a harpa incauta do existido.


Nas veias do silêncio que perdemos
A cada verso novo em nós sentida,
Nas asas que outras são e que não temos
Em cada espaço por nós consentido.




Não mais uma palavra insensata,
Não mais a insana, a louca e vã bravata,
Não mais demoras fixas no desejo,
Não mais perdão nem sombra por desfecho.
Na solidão sozinha das palavras
Tão castas, tatuadas, estão na pele,
Tão breves, tão despidas, tu as lavras,
Na hipnose branca e virgem do papel.

Alexandra Malheiro
in
A urgência das palavras

6 Comentários:

Às 8:27 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Não mais dor...

*Dolu mt tu*

 
Às 8:28 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Não mais dor...

*Dolu mt tu*

 
Às 8:28 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
Às 8:30 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
Às 10:27 da tarde , Blogger sombra_arredia disse...

eu ia jurar k tinha escrito aki neste post uma frase do Geninho lol
mas como nao o vejo , aki vai novamente...(pk poesia nunca é demais)

"são como um cristal,
as palavras.
Algumas um punhal,
um incêncio,
outras,
orvalho apenas"

 
Às 12:55 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

..Que ela tem tanto jeitinho pró desenho! :D

*<3*

 

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