Não mais
Não mais a madrugada por nós fora,
Não mais o vento em nós enternecido,
Não mais o peito a arder-se na demora,
Não mais a harpa incauta do existido.
Nas veias do silêncio que perdemos
A cada verso novo em nós sentida,
Nas asas que outras são e que não temos
Em cada espaço por nós consentido.
Não mais uma palavra insensata,
Não mais a insana, a louca e vã bravata,
Não mais demoras fixas no desejo,
Não mais perdão nem sombra por desfecho.
Na solidão sozinha das palavras
Tão castas, tatuadas, estão na pele,
Tão breves, tão despidas, tu as lavras,
Na hipnose branca e virgem do papel.
Alexandra Malheiro
in
A urgência das palavras
6 Comentários:
Não mais dor...
*Dolu mt tu*
Não mais dor...
*Dolu mt tu*
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
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eu ia jurar k tinha escrito aki neste post uma frase do Geninho lol
mas como nao o vejo , aki vai novamente...(pk poesia nunca é demais)
"são como um cristal,
as palavras.
Algumas um punhal,
um incêncio,
outras,
orvalho apenas"
..Que ela tem tanto jeitinho pró desenho! :D
*<3*
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