segunda-feira, agosto 01, 2005

Poema do eterno retorno

(...)

E fugimos do céu para esquecer
A memória que aos dois se despedia
Molhámos os lençóis para querer
Mais vezes a vez do mesmo dia.

(...)

C.



Há o teu rosto dentro do teu rosto: único e múltiplo.
As tuas mãos de outrora nas tuas mãos de agora
há o primeiro amor que é sempre o último
antes do tempo ou só depois da hora.

E vinhas de tão longe. E era tão fundo.
Eu conheço-te. E era por mim. E era por ti. E era por dois.
E havia na tua voz o princípio do mundo.
E era antes da Terra. E era depois.

Manuel Alegre

1 Comentários:

Às 12:48 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Retornamos sempre ao que nos está gravado "o primeiro amor que é sempre o ultimo"

 

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