Poema do eterno retorno
(...)
E fugimos do céu para esquecer
A memória que aos dois se despedia
Molhámos os lençóis para querer
Mais vezes a vez do mesmo dia.
(...)
C.
Há o teu rosto dentro do teu rosto: único e múltiplo.
As tuas mãos de outrora nas tuas mãos de agora
há o primeiro amor que é sempre o último
antes do tempo ou só depois da hora.
E vinhas de tão longe. E era tão fundo.
Eu conheço-te. E era por mim. E era por ti. E era por dois.
E havia na tua voz o princípio do mundo.
E era antes da Terra. E era depois.
Manuel Alegre
1 Comentários:
Retornamos sempre ao que nos está gravado "o primeiro amor que é sempre o ultimo"
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