terça-feira, janeiro 31, 2006

O eco da tua voz

Quando se parte há um recomeço. Um gesto prolongado na força do tempo. O teu jeito é assim continuado ao que é de mim, tão mais forte que o aconchego.

Quando me sobressais
Tímido.
Nas linhas do meu contorno
A tua voz que desvio
Dos ecos ao meu retorno.


O teu constante,
Vezes demais
Os passos largos na madeira
São versos dos mesmos instantes
Da tua sombra extensa
Aos meus meses rasantes
E os círculos em que a espera
É derradeira.


Talvez um dia depois de mim
Talvez um dia sem ser por nós
Um tempo recortado à palavra não dita
Um tempo ditado pelo eco da voz.

C.

"...não sei porque escrevo,

se o que escrevo é dito a mim..."


1 Comentários:

Às 8:13 da tarde , Blogger sombra_arredia disse...

"Quando se parte" e não se vai inteiro, há sempre o medo de não se conseguir regressar,pra resgatar o que ficou de nós...

 

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