Já fomos?
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LOCAL DA IMAGEM
(cada olhar, cada sentido)
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Quando me sais és mais longe que tudo. Tu cujo olhar esparges em redor da Avenida que baila o crucifixo do agora. Bancos enjaulados na mendicidade do esquadro, como as árvores, qual natureza veloz, entre um croquete e o milú.
Depois lá vens tu, pausado, rua fora, como se a deitasses no desprezo que não sentes. Só finges as horas mais longe para que não te doa toda a lembrança que nem sequer sabes. E depois ainda existe toda aquela azáfama de lugar palco de tudo - grandes impérios - ou o pimba soando a Vieira - qual incoerência contada. Quiçá mais tarde o teu jornal, ou um livro, tanto faz – contigo as letras nunca foram esquisitas – se debruçem sobre um chique mais ousado em espelhos do séc. qualquer coisa. Que importa? Decorar sombras de tinta antes dos encontros para parecer menos daquilo que realmente sou. Somos todos.
Já deixei a Avenida, ou tu, de que falávamos? Ah, eram afinal já seis da tarde, hora tardia, rompida na brancura do tempo, ou do chão que ficou para trás.
Já nos fomos embora sem dar por isso, volto sempre à Avenida, como à ausência do teu tempo dentro e fundo nos braços.
Depois lá vens tu, pausado, rua fora, como se a deitasses no desprezo que não sentes. Só finges as horas mais longe para que não te doa toda a lembrança que nem sequer sabes. E depois ainda existe toda aquela azáfama de lugar palco de tudo - grandes impérios - ou o pimba soando a Vieira - qual incoerência contada. Quiçá mais tarde o teu jornal, ou um livro, tanto faz – contigo as letras nunca foram esquisitas – se debruçem sobre um chique mais ousado em espelhos do séc. qualquer coisa. Que importa? Decorar sombras de tinta antes dos encontros para parecer menos daquilo que realmente sou. Somos todos.
Já deixei a Avenida, ou tu, de que falávamos? Ah, eram afinal já seis da tarde, hora tardia, rompida na brancura do tempo, ou do chão que ficou para trás.
Já nos fomos embora sem dar por isso, volto sempre à Avenida, como à ausência do teu tempo dentro e fundo nos braços.
3 Comentários:
Compassar a cidade em mãos abertas, suadas de amor e de tempos vividos...
Nessa Avenida ou em outras tantas,há sempre pegadas por desvendar que nos pertencem...nem que seja por ilusão.
Sopro
As tua palavras levaram-me até as Avenidas percorridas, até aos momentos em que sorria sem saber porquê! Até aos momentos que amava sem saber até quando...
Se as Avendidas tivessem um registo dos sonhos que se construíram, dos momentos que se quiseram apagar!
Se isso fosse possível regressava no tempo, voltava a ver-me a descer a Avenida de sorriso aberto para o Mundo, de coração cheio... de amor, de esperança!!!
Que um dia outras Avenidas, ou esta nova Avenida nos deixe sonhar, nos deixe amar novamente. Porque esta já nada tem da outra!!!
Tantas memórias se poderão perder!!!
Espero que não! Que aquela fique presente e que a nova nos presenteie com melhores momentos já que apagou tantos, da infância, de uma vida!!!
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