segunda-feira, maio 15, 2006

Não digas nada...

"Ao silêncio dos lábios que nos mata..."
Toranja


Cala agora esse martelar solto
Feito de espinho quando o mar quer bater
Abafa as vozes que não quero
Não quero falar ou ouvir-te dizer


Cala esse inferno de gritos mortais
Cala os teus lábios contra os meus
Os secretos gemidos bestiais
No meu corpo contra outro
Sendo o outro medos teus.


Leva o som, qual desculpa
Não quero a culpa uma vez mais
Quando a palavra se solta e só a gruta
Prende o desejo em dois punhais.


Cala-te que o tempo acabou
E eu não sei como ficar
No silêncio que nos arde.


Não! Não digas nada…
Não há mais horas
E o ter-te é já tão tarde.

C.

4 Comentários:

Às 10:39 da tarde , Blogger Ximané disse...

Deve ser da idade...

 
Às 11:56 da tarde , Blogger Garcia disse...

Poesia...

 
Às 11:51 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Mais acção e menos conversa...

 
Às 4:46 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

"Tudo está escrito nos espaços em branco que ficam entre uma palavra e a seguinte.O resto não importa"

Inês Pedrosa
#
"Nas tuas mãos"



[[Já tinha saudades se sentir assim um poema teu* ]]Belo..



Sopro

 

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