sábado, dezembro 23, 2006

Subitamente surge. Tem o teu rosto.

Nem os dias longos me separam da tua imagem.
Abro-a no espelho de um céu monótono, ou
deixo que a tarde a prolongue no tédio dos
horizontes. O perfil cinzento da montanha,
para norte, e a linha azul do mar, a sul,
dão-lhe a moldura cujo centro se esvazia
quando, ao dizer o teu nome, a realidade do
som apaga a ilusão de um rosto. Então, desejo
o silêncio para que dele possas renascer,
sombra, e dessa presença possa abstrair a
tua memória.
olhares.com






É isto, porém, que

faz com que a solidão não seja mais

do que um lugar comum saber

que existes, aí, e estar contigo

mesmo que só o silêncio me

responda quando, uma vez mais

te chamo.

Nuno Júdice

2 Comentários:

Às 12:58 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Poemas cheios de silêncio e solidão... como abraços..

 
Às 5:07 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

"A solidão é uma espinha
insidiosamente alujada na garganta,
um pássaro morto no jardim com neve"


Fernando Assis Pacheco



*
*
de que cor é a tua solidão Rose?


Nopia

 

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