O amanhecer
Já era manhã e os teus olhos tardavam. Ao olhar-te sei que nada mais nos poderemos dizer. Nunca o silêncio nos foi tão fiel. Nunca o deserto tão cúmplice ao desejo que findou.
Levantei-me devagar. Vou deixar-te depressa para que fiques para sempre.
- Onde vais?
- (Já cá não estou).
É melhor assim.
Levantei-me devagar. Vou deixar-te depressa para que fiques para sempre.
- Onde vais?
- (Já cá não estou).
É melhor assim.
Olhares.com
"Alguém murmurará então o teu nome,vagamente,
como a gastar os dedos na derradeira página."
Maria do Rosário Pedreira
2 Comentários:
Ás vezes virar a página não é suficiente: há que rasgá-la.
o suficiente é morrer, não deixar marca, desaparecer, para sempre.
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