Sentido principal
"Sou a fachada de uma coisa morta
E a vida sempre a bater à minha porta".
olhares.com
Desculpa as cores dos dias em desatino.
E os velhos casacos de lã em sobressalto.
Esquece as velas acesas já sem estímulo
E a acidez que rompe o meu asfalto.
Salva os poemas a morrerem no agora
Um verso apenas a esquecer-te em quem demora
Desculpa o vento raso, o silêncio distante
A primeira sensação a perder o semblante.
Deixa-me dois trocos a aquecer os bolsos largos
E um lenço de papel a guardar os sonhos dados
Deixa-me a vida aquecida no beiral
Que eu descubro na valeta o sentido principal.
C.
1 Comentários:
Bem em resposta a este poema, não outro poema, não um "comment" desmedido do sentido que as tuas palavras carregam, mas antes aquela musica que se ouve na varanda quando o Verão se desarma numa noite fresca - aquele verso com um gosto travado de jazz, que te engasga os sentidos e te faz crer na beleza. ´
És bonita!
Marta P.
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