terça-feira, agosto 29, 2006

fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor.eu sei exactamente o que é o amor. O amor é saber que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer.o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte de nós que não é nossa. o amor é sermos fracos.o amor é ter medo e querer morrer.

José Luís Peixoto

olhares.com

Sempre que volto à tua voz é a ternura que se afaga em mim. Quanto tempo entre os teus versos e o universo que nos separa. Quantos serão os sonhos que não escrevo nas noites em que só o teu corpo balança o meu, quase canção. Não te toco enquanto as horas se espraiam ao ver-te dormir. É doce e fundo nos teus lábios de menino cortante que aconteço cada curva do amor. Todos os regressos serão feitos entre as linhas que me escreveste e os poemas que nos vincaste. Qual mulher despida se a espera nos arde o prazer.
Quero-te mais longo este tempo, esta fúria secreta de não te poder - enquanto anjos de luz se vestem de nós. E eu não sei até quando, se ao silêncio ainda cabe o desejo.
E ao desejo todo o amanhecer.

3 Comentários:

Às 12:22 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

"Não há outros paraísos senão os paraísos perdidos."

Jorge Luis Borges


(não quero acreditar que assim seja,nem que assim o sintas;transcrevi esta frase, apenas porque nela se espelham todas as nossas resignações...)



Xálimão

 
Às 11:29 da tarde , Blogger Garcia disse...

Sublime...

 
Às 1:18 da tarde , Blogger Joel Ferreira disse...

Gostei

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial