Mil de nós
07 @ NY
Havia a tua voz.
Um encontro cego de mentiras que derramavas na cinza
quieta.
Havia a tua voz.
O teu lugar perto demais das coisas que caminhavam
nas tuas mãos. E depois já não eram coisas,
eram outras quaisquer engalfinhadas com o tempo. E depois havia o teu sorriso.
Manto de linho à flor da pele. E a pela que havia era
sem querer.
E o sonho que ardia era
um qualquer.
E depois as crianças que saltavam junto à Foz.
E depois quem sabe morriam
Mil de nós.
C.
3 Comentários:
Uau. Gostei.
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Comentarei, certamente, o teu poema misto de Nova Iorque com Foz (por muito que me custe a digestão da associação).
Comento-o então para que saibas que o li e mais do que isso para que saibas também que gostei do poema.
A última frase bateu lá!Está muito bem terminado e isso, sabes bem, é essencial! Parabéns.
[...]
todos os rios
todos os lugares
todos os dias
todo o pensamento
[...]
.P.Abrunhosa
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