terça-feira, janeiro 27, 2009

Mil de nós

07 @ NY

Havia a tua voz.
Um encontro cego de mentiras que derramavas na cinza
quieta.
Havia a tua voz.
O teu lugar perto demais das coisas que caminhavam
nas tuas mãos. E depois já não eram coisas,
eram outras quaisquer engalfinhadas com o tempo. E depois havia o teu sorriso.
Manto de linho à flor da pele. E a pela que havia era
sem querer.
E o sonho que ardia era
um qualquer.
E depois as crianças que saltavam junto à Foz.
E depois quem sabe morriam
Mil de nós.


C.

3 Comentários:

Às 10:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Uau. Gostei.


Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO

 
Às 4:02 da manhã , Blogger AM disse...

Comentarei, certamente, o teu poema misto de Nova Iorque com Foz (por muito que me custe a digestão da associação).
Comento-o então para que saibas que o li e mais do que isso para que saibas também que gostei do poema.
A última frase bateu lá!Está muito bem terminado e isso, sabes bem, é essencial! Parabéns.

 
Às 3:10 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

[...]
todos os rios
todos os lugares
todos os dias
todo o pensamento
[...]


.P.Abrunhosa

 

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