segunda-feira, janeiro 24, 2005

S.Luiz


Redundante? Sim, vou sê-lo e muito. Porque me apetece ziguezaguear as palavras como se o sentido se perdesse em todos os olhares e se cumprisse num só: o teu.
Talhados os segredos não foi em vão que o mundo se abriu a um tempo que se viria a tornar perfeito. Sombras de olhares e de anos partilhados, sempre e outra vez nas palavras que imperavam e bastavam, mesmo quando não as sabia.
“Passos em volta”, da música, essa união que me faz sentir o horizonte distante e o mar mais perto. Porque é azul, o mar é sempre azul, não importa se de dia, se de noite, não foi assim que me ensinaste?
Hoje é dia 24 de Janeiro e um ano é muito menos do que o tempo que quero para te lembrar.
Não sei como será daqui a uns anos, quando as mãos estiverem gastas e repletas de tantos momentos assim que marcam a nossa história, ou que escurecem o olhar.
Sei que há um ano era dia 24 também, não aqui, mas tão dentro de nós.

Obrigada Amiga
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"24/01/04"

2 Comentários:

Às 3:32 da manhã , Blogger Garcia disse...

Um dos melhores concertos que presenciei em toda a minha vida. De facto, não se encontrava sinais ou vestígios de ostentação no palco. Este era simples e acolhedor...perfeito...Não perdi sequer um acorde. A 3 cadeiras esguias do palco, vibrava com as melodias oriundas dos dedos que se debruçavam no piano acústico... My funny valentine, sweet comic valentine...

 
Às 12:31 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

É fácil ser-se amigo nas horas boas. Noites como esta: a magia da música, das palavras, dos poemas - benditos os poetas que tão bem nos encantam! O prazer do jazz que se estendeu madrugada adentro, o zigzaguear das ruas estreitas, a seta para o Junqueiro, a marginal a perder de vista, os semáforos fechados, os taxis perdidos. Foi tão bom, não foi?
Difícil é ser-se amigo quando a escuridão aperta, quando o silêncio dói e amarga mas tem mesmo de ser. Difícil é ser-se amigo quando o chão nos foge e o vento grita tão alto que ensurdece. Difícil é carregar-se o peso dos pecados dos outros. Difícil é ver a luz sobre o mar que, embora azul, sempre azul, tem dias em que o vemos tão negro que custa muito enxergar-lhe a cor.
Obrigada eu, não por esta noite que foi fácil, mas pelas outras, as mais escuras, mesmo quando nem era noite e havia sol lá fora.

 

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