sexta-feira, junho 03, 2005

Ser a Amizade

A quem se espelha nestas imagens e me deixou hoje este poema tatuado, como se os seus olhos o tivessem escrito,
*You know why*

Ás vezes falta-me, não sei
Versos que liguem as palavras que me escorrem
Rasgos de cor
Bem vestidos
Da cumplicidade à ferrugem.

Faltam-me
Folhas brancas, em branco
Não sei,
Se é de ti que nascem as sombras
E tudo aquilo
Que chorei.

Às vezes gostava de sentir
Os poemas a arder
Dentro de ti em que o beijo
Se espalha para não ser.


Restauro os momentos de ausência
O vazio
Quem eras…
Quando os puzzles montavam cinzas
E me cobriam do frio.


Podes estar aqui, ali,
Volto a não saber
Podes ser quem
Me falta trazer
Pelas ruas percorridas
Peitos enxugados nas mentiras
À vertigem do prazer.


Acho que me falta a solidão
Como voz humana
Pensar a dor tendo-te na mão
Fugir-te como quem chama.

C.

4 Comentários:

Às 2:02 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

aqueles olhos...estes olhos...

C, este poema está muito sentido... como só vocês sentem essa amizade tão especial quanto a poesia que existe dentro de cada um de nós.

 
Às 2:06 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

palavras especiais de alguém doce para uma pessoa muito importante para mim...que, no seu jeito delicado, me mudou.

É um poema muito bonito, Clara...

 
Às 6:23 da tarde , Blogger pedro barros disse...

Ás vezes faltam-me palavras para descrever a beleza do poder de transimitir essas letras que rimam... como cada som que melodicamente entoa as nossas vozes.

Beijinhos

Gostei Muito deste teu espaço :D
Visita o meu;)

 
Às 12:05 da manhã , Blogger Garcia disse...

Sabes q valorizo muito a tua poesia... aquela poesia que habita em ti

 

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