A Casa Quieta
"E alguém me gritava com voz de profeta
Que o caminho se faz entre o alvo e a seta..."
P.A.
(...)
Mas Lisboa é feita de fios de sangue
De províncias
De esperas diante dos cafés
De vazio sob um céu plúmbeo que ensombra
De jardins de estátuas perdidas.
Há um pressentimento de sono sem fim
Refugias-te num quarto de pensão e dormitas
O dia todo para que Lisboa te aqueça.
Al Berto
Dou por mim em ti inúmeras vezes. Um golpe mais fundo de estrada e o desvio para os braços que me adormecem sem querer. Dou por mim em mil tempos à procura de um canto que me tenha longe da tua voz. E isso faz-me querer ir. Arrancar o que me dóis e partir estrada dentro do desejo. Rematar a diferença que morre comigo em guerra aberta, umas vezes mais agreste, mais difícil.
Quero ficar por aqui, km 0 em que a ilusão é certeira no recomeço. E acreditar. Que depois de Madrid ou do Mundo tu já não estás. A casa quieta. E Lisboa deserta.
2 Comentários:
estou sinceramente surpreendida com o teu blog. sei que mal te conheço mas não imaginei naquela rapariga recém-licenciada que se acha muito nova para ser doutora e que quer é curtir a vida, uma pessoa tão sensivel e tão profunda. estás-te a tornar fascinante para mim (no bom sentido) um beijo de uma recém licenciada que também é mto nova para ser doutora e que vive num filme, cujo ultimo episódio foi apaixonar-se por um homem casado com nome de emigrante...! ** M.
You can run from love
And if it’s really love it will find you
Catch you by the heel
But you can’t be numb for love
The only pain is to feel nothing at all
U2
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