quinta-feira, junho 21, 2007

Amanhã


A dor, sempre a mesma e aquela dorzinha que moi, que destrói os espaços sem ela. Porque quando não existe, pensa-se que possa existir e logo inferiores são os dias, o mundo. Pausas de medo entre o racional e o então. Depois ela vai, estreita. Amanhece na pele como a ausência depois do beijo. E depois tu. É sempre do mesmo lado, não quererá dizer muito ou nos entretantos descubro.
Respiro e dói, escrevo e dói, tenho-te e acaba-me. As cortinas fechadas, o silencio impossível e nem assim e nem demais porque maior é o desespero. E dizes-me que vai passar. E não passa. E destrói.
E mata.


Tira-me daqui.



Um quarto de fogo,
A esconder cada grito.
E Antes do fim,
Antes de ti.
Amanhã, parto contigo.
Amanhã, foge comigo.
Amanhã, longe daqui.
Amanhã, leva-me em ti.


Pedro Abrunhosa

4 Comentários:

Às 5:43 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Amanhã
e
depois
e mais
depois...

E depois nunca há um fim;
há sempre a merda d1 recomeço...




 
Às 3:04 da tarde , Blogger AM disse...

Amanhã é tarde demais.

 
Às 10:55 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Amanhã....amanhã é mais do mesmo, mais do resto e mais do outro. amanhã é diferente, é igual, é branco e não é preto, mas também é preto e nunca é branco...são cinzentos e cores vivas, é dor e alegria, são pássaros ou pedras, é um pôr do sol, um reflexo atrás do espelho, é um sorriso ou uma lágrima. amanhã é hoje, como hoje foi ontem...porque amanhã é amanhã...e assim o será sempre. levo a minha dor comigo porque ela define-me, amanhã é um pouco dela e espero que assim fique

 
Às 8:40 da tarde , Blogger cristina disse...

Será que queremos sair!
Será que não é a dor que nos faz amar!
A ideia de um amor forte, pode surgir no meio da dor forte!

 

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