terça-feira, abril 24, 2007

Gózinha




Ao meu "arbusto" preferido,

Por quem a saudade existe sempre.


Quero-te dizer uma coisa simples: a tua ausência dói-me. Refiro-me a essa dor que não
magoa, que se limita à alma; mas que não deixa, por isso, de deixar alguns sinais - um peso
nos olhos, no lugar da tua imagem, e um vazio nas mãos. Como se as tuas mãos lhes tivessem roubado o tacto. São estas as formas do amor, podia dizer-te; e acrescentar que as coisas simples também podem ser complicadas, quando nos damos conta dadiferença entre o sonho e a realidade. Porém, é o sonho que me traz a tua memória; e a realidade aproxima-me de ti, agora que os dias correm mais depressa, e as palavras ficam pressas numa refracção de instantes, quando a tua voz me chama de dentro de mim - e me faz responder-te uma coisa simples, como dizer que a tua ausência me dói.

Nuno Júdice




1 Comentários:

Às 12:49 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Meu querido arbustinho que dá rosinhas..., como posso eu dizer-te das coisas que sinto quando me beijas desta forma tão doce, tão tua? Como posso agradecer-te a ternura?
O poema do Júdice é dos meus preferidos, mas é demasiado centrado na ausência e eu não me julgo tão ausente de ti. Perdoa-me os maus humores e os meus arroubos de "defesa de jardim" que eu sei que até me ficam mal.

"Que nunca caiam as pontes entre nós".

 

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