sexta-feira, julho 13, 2007

O olhar que te roubei

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.

olhares.com

Escuta. Percebe já que não há
Espaço e hipocrisia quando
Os corpos se pedem.
As peles querem-se.

Percebe que não há dia sem poeta
Nem barreira sem meta
Entre os teus olhos e a luz.

Entende. Reage agora e dentro dos meus gestos
Antes do tempo ou do incesto
Antes do vinho tocado.
E de tudo o resto.

Dorme comigo.
O medo é menor de madrugada
Em toda a nuvem dourada
Não há desejo perdido.

Vê como acelera o meu peito
Ao encontro do teu
Como me posso ir buscar
Em combustão.

E de outro tanto renasço
E de outro que agora sou eu.

Momentos de afecto
Dizendo que não.
C.

2 Comentários:

Às 11:28 da tarde , Blogger V. disse...

se todas as horas terminaram porque insistes, resta-te abrires o peito ao tempo...

 
Às 1:37 da manhã , Blogger AM disse...

Não se roubam olhares... são demasiado íntimos para poderem ser roubados por alguém. Dão-se... quando querem ser dados e aí reside a sua imensa doçura.

 

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