quarta-feira, agosto 31, 2005

Segredos que ardem


Queria devorar-te dos livros
Como segredos a arder dentro de mim
Queria separar as palavras dos vestidos
Os vestidos dos dias
Os versos do fim.

Queria não perceber
Mais fundo o sentido das coisas
Quebrar-te nos vinis arrumados
E poder escrever
Respirar sobre o vidro
Sobre os papéis amarrotados.

Queria o que não posso
Amanha quem sabe ou então
O mar em sopro, o vento nosso
Toda a esquina numa vida
Toda a vida sem perdão.
C.

4 Comentários:

Às 8:05 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

...Este poema é o tal refeito?:)
Gostei





Se voltares, virão contigo
Todas as coisas perdidas
Os ecos que ficaram comigo
Das tuas palavras esquecidas
.
Nuno Júdice



Cris

 
Às 11:08 da manhã , Blogger pedro barros disse...

Está muito bonito.

Esses segredos que ardem por não serem expelidos.

Cumprimentos
Pedro Barros

 
Às 3:01 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

há segredos que ardem nas páginas que somos.

*dtm*

 
Às 9:22 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Esses segredos são em branco como a folha, que o fogo não conseguirá jamais arder! ou são segredos que um dia mais tarde me vais sussurrar aos ouvidos?

Muito giro, tens jeito Xuxua =)

 

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