segunda-feira, maio 29, 2006

Intervalo doloroso

"Compreender é esquecer de amar (..) Não se pode amar ou odiar uma coisa senão depois de compreendê-la."
F.Pessoa



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And it’s the end of everything

And it’s the end of our will to share

The end of our lies
‘cause it’s the same old story

And the same old game

We played

What if I could just forget oh, what’s so wrong with that?
And it’s the end of our day

And there are no more delicate words left to say

It’s the end of our lies


‘cause it’s really time to go

You know that we won’t meet again.

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Fingertips

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- Tem calma, é só mais um pouco.

- Calma? Até quando?

- Não me faças perguntas difíceis, é só mais um pouco.

- Não consigo!Porque me fazes isto?

- Porque és tu quem não quer partir.

(...)

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segunda-feira, maio 15, 2006

Não digas nada...

"Ao silêncio dos lábios que nos mata..."
Toranja


Cala agora esse martelar solto
Feito de espinho quando o mar quer bater
Abafa as vozes que não quero
Não quero falar ou ouvir-te dizer


Cala esse inferno de gritos mortais
Cala os teus lábios contra os meus
Os secretos gemidos bestiais
No meu corpo contra outro
Sendo o outro medos teus.


Leva o som, qual desculpa
Não quero a culpa uma vez mais
Quando a palavra se solta e só a gruta
Prende o desejo em dois punhais.


Cala-te que o tempo acabou
E eu não sei como ficar
No silêncio que nos arde.


Não! Não digas nada…
Não há mais horas
E o ter-te é já tão tarde.

C.

quinta-feira, maio 11, 2006

Até quando?

Pelo desejo que nunca terminou...


olhares.com

Sair à rua com uma sede imensa

de te esquecer

sentar-me num lugar com indiferença

por não te ver

e de repente sei que é isto que eu não quero

olhar à volta e saber que ainda te espero

sentir a sensação de quem não está no seu lugar

não quero lá estar

assim...

voltar a casa com um sentimento

de solidão,

fingir que estás no pensamento

sem razão

e de repente sei que é isto que não quero

voltar a casa e saber que ainda te espero...

Sara Tavares

segunda-feira, maio 08, 2006

"Quero-vos comigo..."

E sempre que regresso, é um gesto que basta...

Taken by A M.

Na grande claridade do dia o sossego dos sons é de ouro também. Há a suavidade no que acontece. Se me dissessem que havia guerra, eu diria que não havia guerra. Num dia assim nada pode haver que pese sobre não haver senão suavidade.

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Fernando Pessoa