quinta-feira, junho 28, 2007

"Luz"


É maior.
E enquanto alguém escrever assim, tudo vale a pena.
Como disse uma vez uma Jornalista aquando o lançamento do Tempo:
- Bem-vindo Pedro. É bom estares de volta.

"Luz", é o regresso.

quarta-feira, junho 27, 2007

Entre a festa e a lágrima

À Xana,


Ia lento, descendo a avenida
Uma muleta enquanto outra
Tropeçava no casario.

Ia quase parado, óculos redondos
O olhar fitando o povo
os braços fechados, enquanto outros
Escreviam em prosa o rio.

Ia vestido de lã
E era já meio da tarde
Ia conforme a manhã
Silenciando a Cidade.

Vinha exausto, qual depressão
Era outra coisa qualquer
Trazia nas lágrimas um S.João
E uma vida para esquecer.




24 Junho @ Porto


quinta-feira, junho 21, 2007

Amanhã


A dor, sempre a mesma e aquela dorzinha que moi, que destrói os espaços sem ela. Porque quando não existe, pensa-se que possa existir e logo inferiores são os dias, o mundo. Pausas de medo entre o racional e o então. Depois ela vai, estreita. Amanhece na pele como a ausência depois do beijo. E depois tu. É sempre do mesmo lado, não quererá dizer muito ou nos entretantos descubro.
Respiro e dói, escrevo e dói, tenho-te e acaba-me. As cortinas fechadas, o silencio impossível e nem assim e nem demais porque maior é o desespero. E dizes-me que vai passar. E não passa. E destrói.
E mata.


Tira-me daqui.



Um quarto de fogo,
A esconder cada grito.
E Antes do fim,
Antes de ti.
Amanhã, parto contigo.
Amanhã, foge comigo.
Amanhã, longe daqui.
Amanhã, leva-me em ti.


Pedro Abrunhosa

sábado, junho 09, 2007

Xeque-mate

A torre da defesa exerce o máximo de resistência, se sua posição é tal que deixa três colunas livres entre ela e o Peão inimigo. A posse desse espaço intermediário constitui a posição correta da Torre defensiva"
Chéron

Taken by Carlos Magno @ Paredes
Quero em toda a parte os teus gestos
Moribundos que sejam
Depois de mim.

Quero depois descoser as mulheres
Das panelas de trapos
Ou dos meus restos de cetim.

E das mulheres ainda quero as outras
As que bailam no precipício
E o teu corpo de novo deserto
De novo desperto
Como no inicio.

Podias não ser de todos
O mais igual
Não sabias era que o tempo
Se sentava a ler
Os teus segredos no jornal.

Podias ser tu
De vez em quando
O abraço estreito
O fogo no chão
Podias ser tu quando apeteces
Nas paredes húmidas
Enquanto não.

segunda-feira, junho 04, 2007

"Um silêncio interior"

"No fundo, não é a fotografia em si mesma que me desperta interesse. Aquilo que procuro é captar uma fracção de segundo da realidade."
Henri Cartier-Bresson
Taked by me @ Évora

Esposição: Os retratos de Cartier-Bresson
Fórum Eugénio de Almeida @ Évora
De 13 de Abril a 29 de Julho
Entrada grátis.

Descubram...