Eterno regresso
- Prometo-te que não esquecerás.
- E se eu não souber lembrar?
- Volto já.
olhares.com ele calou-sequando percebeu que escrever poderia ser um vício felizou a única mentira suportável.Al Berto
Como que chega. Como quem parte.
Um dia perfeito
"O mar aqui é um rumor, uma cantiga de embalar..."
Taken by me - Homem do Leme (Porto)
"À esquerda, para o lado do Homem do Leme, há ainda vestígios da civilização dos guarda-sóis coloridos, dos tapa-ventos, das barraquinhas de praia e das esplanadas, dos jogos de areia. É outro mundo e, olhando apenas, não se percebe onde é a fronteira, o que divide os que estão lá daqueles que existem aqui..."
O Tripeiro
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Não conversam, mas comunicam sem gestos e sem palavras...
AMOR-TE
Todos nós temos medos. Aquela vertigem aterrorizante de podermos cair num abismo que não dominemos. Porque no fundo o medo relata à psi e não à semântica, apenas reflexão. O nosso medo do medo é a ausência de controle sobre nós, sobre o que sentimos, e por consequência, o caminho à incógnita, qual olhar vendado.
Sempre me disseram, ou me tentaram ensinar a enfrentar os medos como forma de os ultrapassar. Mas nem sempre é fácil, nem sempre é possível.
É por isso que dedico hoje esta reflexão à divulgação da coragem do fotógrafo alemão Walter Schels e da jornalista Beate Lakotta que, aterrorizados pelo medo da morte, resolveram partir ao encontro dela. O resultado aconteceu na busca de respostas enquanto acompanharam vinte e quatro doentes terminais nos seus últimos momentos de vida. “Percorrendo diversos hospitais, onde durante semanas viveram de perto a dor de quem sabe que o fim está perto, surge então a exposição AMOR-TE”. Uma exposição composta por 44 fotografias a preto e branco que espelham o paralelismo entre rosto ainda com vida e o rosto já morto.
Coragem. Presente no Museu da Água, em Lisboa, até ao dia 28 deste mês.
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